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Confesso que quando li a primeira notícia sobre o filme 127 Horas e toda a história que se inspirava no verdadeiro acontecimento com o montanhista americano Aaron Ralston em abril de 2003, fiquei espantado e instigado para saber como iriam levar um filme inteiro tendo como base um único acontecimento mesmo sendo ele real.

Contrariando toda e qualquer crítica diante da situação retratada pelo diretor Danny Boyle, o filme foi uma busca pela perfeição sem pirotecnia e que soube usar na medida certa sendo o mais espetacular filme da atualidade retratando um acontecimento real, com um show de atuação e direção, 127 Horas agrada, surpreende e nos faz torcer a cada segundo desesperador pela sobrevivência do montanhista.

A primeira impressão pode ser de que o filme não surpreenda e que seja só mais um como tantos outros, mas não é. Falar que Danny Boyle foi brilhante e criativo é até pouco diante de tal obra que o mesmo nos entrega com uma verdadeira lição de vida que podemos ter no fim do longa.

O ator escolhido nem seria James Franco, mas ele que enfim teve a sua grande chance de brilhar e mostrar toda a sua atuação, soube fazer, agradar e retratar todo o sofrimento que o montanhista Aaron passou nos cinco dias em que esteve preso por uma pedra em Blue John Canyon, no deserto de Utah. Mesmo sendo inspirado em fatos reais como muitos outros, o filme tentou passar isso nos mínimos detalhes e conseguiu com muita grandeza em todos os momentos.

Sem a menor dúvida, a cena da amputação, que é o chamariz do filme nem é tão forte quanto realmente se esperava, mas nem por isso é menor a agonia e o sofrimento que o ator faz com que a pessoa que esteja vendo sofra junto a cada segundo. Com uma trilha sonora impecável, fotografia primorosa, direção espetacular e uma atuação de primeira grandeza, 127 horas é um filme que merece ser mais um da coleção dos cinéfilos de plantão e de quem nem é tão ligado a filmes, pois um trabalho primoroso como esse, merece o destaque em todos os tipos de público.

Outro destaque é a cena final, quando Aaron consegue se salvar. Mesmo tendo um braço amputado, a felicidade só mesmo por estar vivo e com saúde já emociona e faz até mesmo os que se consideram ''durões'' chorarem. Após o fim do filme ficamos com uma pergunta no ar: ''Será que faríamos o mesmo que ele?''

Toda a obra é um raro espetáculo primorosamente dirigido e atuado, conseguindo não derrubar a proposta principal do filme que Aaron nos fez pensar, repensar e ver que só o fato de estarmos vivos e com saúde já basta para vivermos bem.

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